Jair A. Pauletto
O Singular do Plural
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Natal é Tempo de Multiplicar. 
 
Nesta época do ano, Natal e Ano Novo, somos chamados, involuntariamente, a força, para sermos felizes a qualquer custo ou estaremos sujeitos a ser visto como alheios à realidade, fora do juízo perfeito. A cobrança é tanta que nos sentimos obrigados a adquirir felicidade, disponível lá naquela loja caríssima, embrulhada num papel estiloso com um lindo adesivo personalizado dizendo, Boas Festas! Felicidades!
Se deixarmos nos envolver pelo consumismo, pela mídia, pelas futilidades, acabamos nos sentindo pressionados em sermos felizes através do ter. Não tem nenhuma importância o fato de ser diferente, ser mais sentimental, se entregar às emoções da vida, mesmo que alguns pensamentos insistam em relembrar passagens menos felizes. O importante é ter uma história de natal feliz, um final de ano maravilhoso, com os projetos do ano encerados, com sucesso. Ótimo, maravilhoso se for assim, mas se não for, não se preocupe que não há nada de anormal.
É natural que lembranças e emoções nos empurrem para um estado não tão festivo quanto a mídia e a sociedade insistem em nos impor, uma vez que somos humanos, recheados de sentimentos, fruto de lembranças, atos e ações que registramos de forma única. Portanto, se eventualmente o espírito natalino não estiver para festividades, recepções e festas, não há problema algum, isto é perfeitamente natural e compreensível. Contudo, não nos dá o direito de sermos arrogantes, avessos a tudo e principalmente indiferentes. Não deixe que a pressão para ser feliz lhe impeça de ser solidário, de estender a mão a quem precisa, mesmo um pouco cabisbaixo ou tristonho, estenda a mão a quem precisa. Este ato irá resultar em felicidade, tanto para quem o pratica, quanto para quem o recebe. É um gesto simples, mas extremamente eficiente para nos mover para o encontro com a felicidade.
O nosso único dever, com a vida, é ser feliz e, para cumpri-lo temos que deixar de pensar no ter e ser. Ser pessoas melhores, mais solidárias, mais religiosas, mais sentimentais, mais humanas e inteligentes. Inteligentes para perceber que o modismo do ter está ultrapassado, que foi algo inventado com a revolução industrial e que deve ficar no século passado. Estamos no século XXI, está na hora de assumir a nova realidade, sem modismo, interesses e demagogia, precisamos nos dedicar ao ser.
Aprender a multiplicar é mais importante que compartilhar, obviamente que repartir, dividir, ser solidário e ajudar os que mais necessitam é fundamental, porém é preciso avançar e dar o exemplo transformando o compartilhar em multiplicar. Multiplicar tem maior alcance, vai além do repartir, é acrescentar, fazer a diferença, é descobrir que a felicidade individual cresce com a multiplicidade, é perceber que o verdadeiro natal exige da humanidade atual mais que esmolas disfarçadas de caridade, ele requer a multiplicidade.
Todos os bons sentimentos, que com o tempo foram agregados ao natal, precisam ser espalhados, ir além do partilhar, de contribuir para o natal dos pobres, na comunidade tal, nos asilos, nas capelas. É claro que isso é importante é até mesmo vital, mas perceber que estender a mão, que ajudar o irmão a crescer é estar agregando mais um homem neste exercito de solidariedade, é multiplicar a potencialidade, a força de fazer mais gente feliz. Tudo isso pode ser feito sem grande esforço, sem precisar estar sentindo aquela fantástica felicidade que a nos é imposta nesta época. Faça isso, e não se surpreenda quando perceber que a angústia, a tristeza e a apatia já não fazem mais parte da sua vida.
Aceite que as lembranças lhe tragam sentimentos que não contribuem com o seu desejo de ser, isso é natural, todos tivemos momentos difíceis, que serviram de aprendizado, porém não podemos alimentá-los, apenas observe que mesmo sem estar vivendo a felicidade propagada, podemos fazer a diferença na vida de alguém. Não vejo nada mais importante a acrescentar a tantas belas mensagens e diferentes significados do natal, que o despertar para um novo tempo, no qual é preciso superar os próprios obstáculos e descobrir que estender a mão no dia a dia é estar multiplicando o exercito de pessoas dispostas a fazer a diferença na vida umas das outras, ou seja, capazes de ir além do compartilhar e alcançar a multiplicação. Multiplicar a própria felicidade através da felicidade dos outros é uma tarefa que precisa ser incorporada no dia, como uma rotina da vida, basta disciplina, disposição, comprometimento.
Espero que neste natal ninguém tenha adquirido aquele embrulho por pressão, esperando encontrar um pouco de felicidade, pois o importante não é adquirir ou ganhar um belo presente, uma vez que a felicidade do verdadeiro natal não vem empacotada, ela esta no ar, livre para ser acessada através de nosso coração. O Natal é o ápice dos bons sentimentos e é isso que realmente importa neste dia, mas também não podemos deixar de aproveitar a oportunidade para estender a mão para multiplicarmos a felicidade com cada um de nossos irmãos. Mesmo que fisicamente eu não consiga abraçar-te, caro leitor, espero que possas usufruir a mesma felicidade que estou sentindo ao lhe desejar o mais feliz e proveitoso Natal. Feliz Natal!




Veja também:
O Verdadeiro Natal
Natal época de renascimetno e morte
Natal sempre Natal
 

 
Jaìr A Paùlétto
Enviado por Jaìr A Paùlétto em 20/12/2009
Alterado em 22/12/2014
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