Jair A. Pauletto
O Singular do Plural
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Reorganização interna

Já havia comentado em outras ocasiões, que tenho dificuldades em manter organizadas certas coisas na minha vida, embora em outras, perfeccionista ao extremo. Ambas as situações não me parecem ser a solução, pois as duas me fazem perder um tempo precioso, seja pela dificuldade em encontrar o que necessito e se perdeu devido à bagunça, ou ainda pela extrema dedicação na arrumação de algo que constantemente utilizo. Situações como essas não são desejáveis, pois roubam toda a praticidade que a vida atual requer. Contudo, me fez perceber uma significativa relação entre organização física e a mental.

 Assim, logo ficou claro que as atividades do cotidiano que fluíam com naturalidade, eram as que mentalmente estavam muito claras em minha mente. Enquanto que as atividades que se relacionavam ao medo e a insegurança, eram exageradamente trabalhados e inutilmente detalhados como fazia com aquelas mantidas extremamente organizadas, apesar de desnecessário. Já as que ficavam desorganizadas, refletiam minhas incertezas e indefinições mentais. Na realidade, existe uma sutil diferença entre as excessivamente organizadas e as desorganizadas, uma vez que o ideal mesmo, seria manter tudo numa ordem regular, naturalmente organizado.

Estava diante de mais uma evidência da importância em manter uma afinada sintonia entre o físico e o mental e, imediatamente associei aos resultados de sucesso ou fracasso em nossa vida; a nossa constituição física,“visível” e concreta - o cérebro, e a constituição mental, “abstrata” - o pensamento. Com os avanços científicos, especialistas conseguirem mapear quase todas as áreas do nosso cérebro, determinando as funções para cada ponto específico, no entanto, ainda não houve progresso na área do pensamento, capaz de determinar sua origem ou funcionamento. Há muito sabemos das atribuições de cada um dos hemisférios, da relação dos estados de consciência com as ondas cerebrais e que seu ritmo caracteriza e determina nosso estado de consciência.

Na maioria da população predomina o pensamento lógico decorrente da ação do hemisfério cerebral esquerdo, enquanto as ações do hemisfério direito, mais voltadas a criatividade, ao simbólico e emocional, tem menor predominância. Isto nos ajuda compreender a organização social e seus valores, mas, sobretudo nos remete a importância do equilíbrio.  Não somente da utilização da predominância ou desenvolvimento cerebral, mas do físico e do mental.

Estando em desequilíbrio é impossível alcançar a prosperidade. Poderemos até obter inúmeros recursos materiais, mas não teremos bom êxito quanto à felicidade, pois se trata da mesma relação entre querer ter uma vida organizada e próspera externamente, sem organizar-se internamente. A desordem interior é a desorganização externa. O que esta dentro reflete lá fora é como o espelho que sempre reflete a imagem que esta diante dele e não a que se quer ver.

A mudança inicia de dentro pra fora, portanto, se quiser obter um resultado diferente do que vem obtendo, reorganize-se primeiro internamente. Faça um organograma de seus valores e princípios, obedecendo a hierarquia, sem contrariar a consciência. Depois estabeleça prioridades, faça um planejamento estratégico, um plano de ação e, enfim, faça uma reengenharia íntima, e só depois comece a agir, mas reavalie constantemente e corrija eventuais descaminhos. Esta é uma estratégia que pode nos levar a alcançar o objetivo desejado, para estarmos em pouco tempo distribuindo alegria em abundancia, fruto da própria felicidade.

A organização íntima é o pilar que sustenta uma vida próspera, mas requer determinação e vigilância constante. Entretanto, como em qualquer organização física, mesmo sem qualquer prática ou conhecimento, mas com um pouco de esforço, sempre será possível dar uma melhorada. Então não espere, afinal, é uma tarefa pessoal! Comece logo e aprenda fazendo. Há infinitas maneiras de se arrumar, pôr em ordem, arranjar, organizar, ou, seja lá a forma que for, mas sem esquecer que a melhor sempre será aquela que nos deixará felizes.

Utilizar todos os recursos que o universo nos disponibiliza para sermos felizes é um dever. Não podemos ser orgulhosos e rejeitar o presente Divino de termos nascidos com capacidades e qualidades suficientes para alcançarmos à felicidade, muito menos, desperdiçar a oportunidade por comodismos ou outras desculpas quaisquer. Pense nisso.

 

 

Jaìr A Paùlétto
Enviado por Jaìr A Paùlétto em 15/05/2008
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