Guardo em silêncio um lugar no peito,
não como vazio, mas como espera serena.
Ali repousa um amor que não se esgota,
apenas aguarda a hora certa de florescer.
Não escrevo para alguém certo,
mas para a possibilidade do encontro.
Talvez seja apenas um sussurro ao destino,
talvez seja a lembrança de que o coração
sempre reconhece o que é verdadeiro.
Não peço promessas,
não desenho exigências.
Desejo apenas que, um dia,
esse amor encontre eco em outro coração —
um coração que saiba ouvir,
que saiba sentir,
que saiba ficar.
E quando esse instante chegar,
não será explosão,
nem urgência,
mas a delicadeza de dois mundos
se abrindo um ao outro
como se sempre tivessem se esperado.