Vivem em nós,
não pedem licença,
acordam antes da aurora
e decidem o tom do dia.
Às vezes, são cupidos impacientes,
às vezes, tempestades sem aviso.
Transformam suspiros em tempestades
e silêncios em declarações.
Chamamos de hormônios,
mas são mestres antigos
ensinando que nem sempre
o capitão governa o barco —
às vezes, é o mar que comanda a vela.