Jair A. Pauletto
O Singular do Plural
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Textos

Amigos do coração

            Hoje resolvi escrever o que normalmente não consigo escrever. Não, não é contraditório. Embora isso pareça um pouco estranho ao amigo, tenho dificuldade em me expressar, isso se torna ainda mais evidente quando é sobre o assunto que vou abordar. Não se trata de um texto sobre o nada,  embora já tenha escrito um, cujo nome é repensado o nada .

            O que não sei escrever ou dizer com palavras, é o sentimento que brota quando encontramos ou pensamos em uma pessoa que “amamos”. Obviamente que não se trata de um sentimento qualquer ou do mesmo amor que nutrimos ou alimentamos diariamente em nossas necessidades amorosas, oriundas geralmente da família, namorada ou das pessoas que estão mais próximas. Falo de um amor no sentido mais amplo, porém com a mesma pureza e alegria. Aliás, não tenho bem certeza se é dessa forma que pode ser descrito.

            É um sentimento desperto muitas vezes por um simples e-mail, uma lembrança ou uma saudade de algo qualquer. Mas talvez nada desperte mais essa necessidade de poder escrever e obviamente sempre que possível, dizer o quanto queremos bem essa pessoa, que no dia do seu aniversário, na formatura ou de uma conquista qualquer.

            A intenção é procurar no melhor espaço do coração a flor mais perfumada e formosa e entregá-la com um carinhoso beijo. Mas, com quais palavras expressar tudo isso? É um momento em que a riqueza de palavras da nossa língua se torna insuficiente ou dificulta ainda mais, e, quando nos damos conta, o dia do aniversário está terminando, o relógio pressiona e, finalmente só nos resta dispararmos o tradicional feliz aniversário, saúde e paz.... Quando na verdade queríamos ter dito tudo o que não  havíamos conseguido expressar e, ao mesmo tempo desejar-lhe muito, mas muito mais que essas palavras triviais. Manifestando um amor sincero e generoso. Expressando o desejo de afagar, de acariciar e imunizar-lhe qualquer dor, pois lhe queremos tão bem. Mas incrivelmente não fazemos isso.

            Outra situação bastante comum ocorre com os amigos virtuais. É assim que os chamamos, mas quem os têm, sabe que são bem reais, apenas não os conhecemos fisicamente. Prova disso é que sentimos saudades se em um pequeno espaço de tempo, por uma razão qualquer, perdemos o contato. Ficamos com a sensação de aperto no coração. Como se fosse um sinal para não esquecermos da importância que tem em nossa vida ou talvez para nos lembrar o quanto tememos em sermos esquecidos , bem como para o desejo de sermos amados

            Mas, apesar de não saber escrever sobre esse sentimento que qualifico de amor, pela sua origem e pureza, embora tenha tantos outros adjetivos ou sinônimos. Acredito que todos já tenham experimentado esse sentimento em algumas ocasiões. Essa minha limitação em descrevê-lo vai muito além, principalmente quando originado do coração, pois é indescritível até para o maior mago das palavras.

            Mas o mais importante é senti-lo em seu coração e principalmente manifestá-lo.

            Um abraço carinhoso.

Jaìr A Paùlétto
Enviado por Jaìr A Paùlétto em 26/07/2007
Alterado em 12/07/2011
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