A Forma Geométrica do Amor
Na perfeição do círculo, a suave inflexão da parábola,
da hipotenusa aos ângulos exatos dos triângulos.
Nas fórmulas e variações da geometria,
por ser o mais perfeito é o que mais respeito,
unindo princípio e fim como as fases da vida,
traduzindo-se em círculo de luz.
Na geometria és o que mais me seduz:
círculo perfeito, desenho do amor,
que o homem imperfeito moldou em coração
e fez símbolo universal, imortalizando-se.
Assim é o amor — sem princípio, sem fim.
E nos caprichos da geometria,
em linha reta ele às vezes se apresenta,
querendo passar por simples ligação,
unindo ponto inicial ao final,
enquanto aguarda o momento ideal
para se alongar ao infinito
e, unindo os pontos,
em círculo novamente se transformar.
Hoje sei, meu amor,
que somos retas entrelaçadas
que correm paralelas —
e no infinito, o amor nos espera.