Primeiro dia de outono
Sono
Nada de anormal
São quarenta e poucos anos
Que o tenho
Às vezes acho que só acordei
No segundo tapa do obstetra
Por rebeldia
Deveria no útero permanecer
No profundo adormecer
Para te satisfazer
Hoje me cobra
O débito
Por ter me deixado nascer
Persegue-me
Do amanhecer
Ao amanhecer
Admito
Sou submisso
Somos íntimos
Desde
Sempre
Até amigos
Talvez
Uma relação parasita
Esquisita
Não consigo me separar
Viciei
Ele me dá prazer
Conflito constante
Desespero total
Atraso geral
Maldito
Meu pior mal
Sono
Sono e sono
Campo fértil
Faz florescer
Meus sonhos
Amo te satisfazer
Dormir e nosso bem querer
Nas quatro estações
Rotina
Sono
Sono e Sono
Implacável
Sono...
Perdi
Concluo para te satisfazer
ZZZzzz....
Jaìr A Paùlétto
Enviado por Jaìr A Paùlétto em 20/03/2013
Alterado em 20/03/2013