Jair A. Pauletto
O Singular do Plural
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Textos
 Obviedades, talvez.

Recentemente, um amigo me relatou uma experiência, que atribui a melhora de seu estado de saúde  a uma atuação espiritual. Na realidade, tratava-se de uma ação espiritual para retomada de um compromisso de vida. Contudo, esse caso, me fez lembrar, ou se preferirem, “coincidentemente” apareceu em minhas mãos vários depoimentos de cura atribuídos à ação da espiritualidade. Relatos que, diariamente, podem ser vistos na mídia ou nos comentários que nos chegam vez por outra, mas que a pressa, que domina o mundo atual, não nos permite um aprofundamento maior.
Intuitivamente, sempre tive a certeza de haver relação, porém não fiz nenhum movimento para assegurar-me disso, até porque o lado espiritual não pode mais ser negado em nenhuma espécie de patologia, mesmo diante da insuficiência de conhecimento para mostrar sua atuação. Por mais céticos que possamos ser, é inegável a ação espiritual e deveriam ser justamente os ditos céticos, por seus raciocínios lógicos e científicos, os primeiros a afirmarem. Sabem tanto quanto os renomados pesquisadores, dos mais respeitados laboratórios científicos, que a matéria que nos constituí e compõe tudo o que conhecemos no universo, provém da mesma origem. Foram esses renomados cientista que trouxeram este avanço no conhecimento da humanidade, contudo não percebem que existe um principio organizador em todo esse material cósmico que nos origina.
Se da mesma massa surgiram milhares de  formas e espécies vivas, como poderia o simples acaso tê-las tornado tão perfeitas e funcionais. Mesmo admitindo-se que tivesse havido apenas uma atração por semelhança, afinidade, assim mesmo, quem teria organizado esse processo? Fica difícil acreditar que espalhando um balde de lego na sala, as peças possam se arranjar em forma de lindos, fortes apaches, trens ou simpáticos bonecos.
Por acreditar em uma Suprema Inteligência que organizou todo o funcionamento  que hoje conhecemos, não me pareceu necessário confirmar as minhas suspeitas da relação entre saúde e a espiritualidade. Pois bem, então por que não colocamos a mesma força, a mesma energia, o mesmo tempo de dedicação a cuidar da espiritualidade que do físico? Não seria razoável que houvesse um equilíbrio maior entre o tempo gasto no cuidado ao corpo nas academias com o cuidado ao espiritual. Cadê as academias do espírito?
Não me digam que são as igrejas, pois essas equivalem aos hospitais. Refiro-me a desenvolver uma rotina voltada a fortalecer e prevenir o abatimento do espírito, da mesma forma que buscamos prevenir as doenças e manter a forma física. Quem já se preocupou com um bom plano de saúde espiritual?
É razoável que possam entender que de tudo o que foi dito, nada passe de uma obviedade, de uma divagação do pensamento, de um ponto de vista restrito, enfim de uma opinião. No entanto, frequentemente me surpreendo com o desmoronamento de obviedades absolutas, em todos os campos, principalmente no meu mental. Talvez haja mais cabeças precisando reciclar obviedades e nada seja realmente obvio. Talvez seja exatamente isso, mas certamente não é incerteza que faz a vida fluir.

 
Jaìr A Paùlétto
Enviado por Jaìr A Paùlétto em 10/01/2013
Alterado em 10/01/2013
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