Inverno
O sol espreguiçasse entre as espessas nuvens
Embora o esforço seja em vão, insiste em aparecer
As pequenas aparições são a alegria da manhã fria
As botas molhadas deixam pegadas pela calçada
O corpo gelado, abrigado na jaqueta surrada
Animado por uma alma machucada, cansada
Ainda pulsa a esperança de criança, tolerância
Até o inverno gelado anda acompanhado, garoa
O coração que sempre andava a toa, destoa
Bate em descompasso, com o apressado passo
Aquecido e feliz, curte faceiro o braseiro do amor
Mesmo esquecido, escondido sob grosso agasalho
Respira desejo e dança na ilusão da alegria vazia
Na rajada de vento, por breve momento o alento
Renasce na esperança fortalecida o sentido de uma vida
Esta em romper as nuvens que me afastam de Você.
Jaìr A Paùlétto
Enviado por Jaìr A Paùlétto em 23/06/2012
Alterado em 12/07/2012