Jair A. Pauletto
O Singular do Plural
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Sei, conheço bem, fui eu que disse, ensinei, mas...  
nunca experimentei.

 
Tem coisa que é todo mundo considera saber e na verdade não sabe, me refiro as coisas sabidas somente na teoria e nunca experimentadas na pratica. Para não ser explicito vou adentra para algo menos profissional, como o sentimento de compaixão, por exemplo, que é algo que venho exercitando e compreendendo com maior intensidade, fruto, espero eu da ampliação de consciência, visto que está ainda é uma boa régua.  Não tem como saber o que é compaixão sem um dia ter experimentado, mais ou mesmo como dizer a alguém que esta é a energia do mestre tal, sem nunca realmente ter alcançado esta energia. O que realmente me interessa é gente que alia conhecimento e prática, estes é que são verdadeiros mestres e é com estes que eu quero aprender e na falta destes, prefiro os que conhecem a prática do que o que tem a teoria. O melhor termômetro para isso, e apenas avaliar suas atitudes, seu comportamento e verificar se a teoria condiz com a prática. Olhar verdadeiramente, e isso requer excluir qualquer sentimento, ver as coisas como são e não como gostaríamos que fossem....
Outro exemplo que vem agora é de um antigo “colega”, tido como “mestre” em elaborar códigos de éticas, um perito e fazer códigos de conduta para tudo, mas que na prática não conseguia cumprir nenhum, para não ser injusto só consegui cumprir momentaneamente em ocasiões especiais, quando em exposições públicas e debates, mas na rotina do trabalho era o que se pode ter de pior, o que não continue em nada, pelo contrário demonstrava ainda mais o quanto se distanciava da própria pregação. Ter o conhecimento, ditar as regras e não agir em conformidade é uma falta grave, geralmente ocultada por interesses, conluios e associações que no final levam esses falsos “mestres” e discípulos ao mesmo abismo. É assim que vemos instituições, grupos, pessoas e todo o tipo de organizações, com destaque nas de cunho religioso ou espiritual, chegarem a ruina sem perceber ou saber como chegaram a tal situação.
E quando se fala em chegar a ruina sem saber como, um exemplo típico é acreditar que um rei nunca perde a majestade. Isso talvez seja o que leva no decorrer dos dias muitos reis, “mestre” e discípulos, fãs e ídolos ao abismo, pois tanto lideres quando seguidores não percebem que é preciso agir com coerência e retidão constantemente. Não se pode viver de um momento de inspiração, da fama ou de um acerto no passado, é preciso viver e fazer constantemente, seja através do esforço, do exemplo especialmente, buscando aperfeiçoar-se, burilando o talento ou virtude sempre e assim poder manter-se na mestria ou no reinado.  Tenho pena destes seguidores e seus ídolos, que vivem na mais destrutiva ilusão, alimentada na vaidade e no ego, numa simbiose que os alimenta, mas que infelizmente os leva a ruina.
Contudo, mesmo que seja lamentável que a percepção seja limitada, arrastando muitas pessoas a caminhos muitas vezes irreversíveis, pouco ou quase nada se pode fazer além de desejar que despertem, que expandam a consciência livres de qualquer interferência, dogmas ou presos a posicionamentos, seja por solidariedade, interesses, culpas e vaidades que possam desviá-los da busca da própria mestria. Mestria que deve ser construída com conhecimento, mas especialmente com ações cujo alicerce é a coerência entre a teoria e a pratica.
E assim vamos nos experimentando, cada vez mais praticando e aprendendo e menos teorizando e envaidecendo...  
Pense nisso. Boa semana!
Jaìr A Paùlétto
Enviado por Jaìr A Paùlétto em 03/04/2012
Alterado em 11/11/2019
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