Presságios e Realidade.
Esta semana, uma pessoa me falou que eu estava ficando repetitivo; outra, que o assunto dos meus textos pareciam uma tentativa de “evangelização”, ou algo assim. Quase entrei em pânico, pois não tenho e nem quero interferir no livre arbítrio de ninguém. Mas, logo recuperei a serenidade e percebi que a minha insistência para que as pessoas busquem desenvolver seu lado interior, sua espiritualidade, estava sendo interpretada erroneamente. O que não quer dizer que achei isso bom, pelo contrario, isso significa que preciso ser mais objetivo, mais claro, quando abordo esse tipo de assunto. Então, não me resta alternativa, a não ser, tentar ser mais claro nas minhas colocações e procurar ser mais criativo e variar o tema das nossas conversas e, quem sabe, os amigos leitores também possam sugerir algum tema de interesse. Enfim, de alguma forma, vou procurar variar os assuntos que trago, a vocês, toda a semana.
Inicio esclarecendo que a minha insistência na busca interior e no desenvolvimento da espiritualidade é por acreditar que muitos não despertaram para o seu potencial pessoal. Desde que comecei a escrever neste jornal, o que muito me orgulha, não somente pela credibilidade, mas pela imensa e qualificada legião de leitores que possui, tenho falado da potencialidade humana e do poder que temos de transformar a própria vida e a dos que estão ao nosso redor. A insistente preocupação com o lado espiritual deve-se a minha firme convicção de que não podemos crescer como seres humanos, sem que juntos elevemos o nosso lado espiritual independente de religiões, credos. Acredito que esta é uma tarefa importante para qualquer pessoa que queira construir uma vida saudável e feliz.
Pode parecer estranho, mas como dizia o controverso filósofo indiano Osho, “a verdade é mais estranha que qualquer ficção”. Por isso, insisto em dizer que a nossa riqueza interior é tanta, que tudo o que conhecemos de nós mesmos é apenas uma pequena parte em relação a tudo o que desconhecemos, e apenas algumas gotas de água diante do imenso oceano que habita nosso ser. A espiritualidade ocupa um vasto território neste universo interior, mas não somente ela, embora todas as potencialidades humanas estejam ligadas a ela. Para descobrir esse potencial todo é preciso despertar para essa possibilidade, pois a consciência, uma vez expandida, não retrocede, pelo contrário, se multiplica e percebe o quanto ainda tem a aprender. As pessoas que nunca vão para seu interior, vivem uma vida acomodada que as impedem de perceber essa realidade. Mas isso também é uma certeza relativa, já que nunca sabemos o que podemos descobrir de nos mesmos, o que irá se abrir ao nos depararmos com determinados fatos ou percepções.
Espero ter deixado claro que não pretendo evangelizar ninguém, mas confesso que vai ser difícil deixar de abordar temas, como o da espiritualidade, sentimentos, relações e o desenvolvimento do potencial humano. Então, vou procurar ser mais criativo a partir deste momento, mas, como todos vocês já sabem, justamente quando se quer ser criativo, parece que a criatividade some, no entanto, vou, assim mesmo, trocar de assunto e falar de cinema, uma vez que, está previsto para Dezembro a estreia de um filme que fala da profecia Maia, do fim do mundo em 2012. Estou curioso para ver, afinal, desde que eu era criança já ouvi muitas teorias sobre o fim do mundo. Uma das mais fortes foi a de que o mundo iria acabar em no ano 2000. Cheguei a conhecer pessoas que juravam que isso ia acontecer, e depois queriam se esconder de vergonha. De qualquer maneira, dizem que agora é diferente e temos que respeitar a diversidade de pensamentos. Hoje, os tempos são outros, mas se o apocalipse realmente esta próximo, não parece uma má ideia assistirmos com antecedência o que poderá ou, se preferirem, irá acontecer em 2012. Não podemos descartar que é algo a se pensar, pois diante das loucuras que fazemos com o planeta e o descomprometimento com fatos verdadeiramente importantes para o futuro do planeta não existirá duvida se novas propostas não surgirem e não encontrarem receptividade na atual sociedade ou então, estaremos realmente nos dirigindo para o próprio extermínio. Para os que quiserem se aprofundar nessa profecia, a internet esta cheia de informações, mas antes de julgarem qualquer coisa, avaliem as várias interpretações, pois muitas profecias surgem para ajudar a humanidade a repensar seus atos e traçar novos rumos e espero que esta tenha esse propósito e não seja a descrição do fim do mundo. Às vezes, diante de determinados assuntos, o melhor a fazer é deixar que Deus nos ame e espalhe a alegria de sentir esse amor.
Aos “evangelizadores”, toda a minha admiração e compreensão quanto à importância deste trabalho, mas peço que respeitem e, sobretudo, permitam a livre escolha de cada um. Eu, porém, quando me tranquei no quarto, no momento que foram me buscar para ingressar no seminário, já havia percebido que não tinha condições para orientar ninguém, portanto, não pretendo influenciar ninguém nas suas escolhas, apenas proponho pontos de vista que considero importante. Tenho absoluta confiança que os caros eleitores saibam superar minhas limitações de comunicação e compreendam perfeitamente as minhas preocupações. Boa semana.
Jaìr A Paùlétto
Enviado por Jaìr A Paùlétto em 21/07/2009