Jair A. Pauletto
O Singular do Plural
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Textos
O amor nunca é demais.
 
O amor nunca é demais, porém existem pessoas que amam demais, outras dizem sofrer por amar demais ou serem vitimas desse amor. O assunto desta semana é sobre as que pensam amar demais, que dizem amar muito, mas que no fundo nutrem somente o próprio egoísmo.
Essas pessoas dizem sentir um amor imenso por outro alguém, tem atitudes e comportamentos condizentes, porém não sabem amar. Elas simplesmente usam o amor, pois na verdade o que sentem é outro sentimento, geralmente egoísta, ou seja, apenas utilizam o “amor” como um instrumento para conseguir o que querem, embora, muitas vezes de forma inconsciente, sofrem verdadeiramente, sentem profunda dor e podem chegar a extremos indesejáveis, pois conscientemente, não conseguem identificar este engano, que por sua vez, trás muito sofrimento, porque acreditam ser amor, um sentimento que não é amor. Enquanto que aquelas que amam verdadeiramente, são raras, capazes de atitudes que vão além da imensa maioria; são as que abrem mão de coisas pessoais, inconcebíveis para a maioria, mas sentem que isso as tornam mais felizes e as ampliam para as demais as áreas de sua vida. Amar nunca é demais, porém é difícil ver um amor que não avance, mesmo que eventualmente, nos campos do controle, do egoísmo e até mesmo da obsessão, já que geralmente os amores são condicionais e não incondicionais.
 Assim, a expressão “amar demais” passou a fazer sentido, quando na verdade, o amor nunca é ou será demais, pois dele provém à vida e todas as condições para que ele se mantenha. Esse falso amor, em excesso, é um dos extremos indesejáveis, ou é a absoluta ausência de amor. No segundo caso, refiro-me a total incapacidade de expressar amor. São aquelas pessoas que costumamos chamar de frias, que por mais sensíveis e emocionais que possam ser, pois determinadas situações, elas seguem um caminho totalmente racional, ignoram qualquer sentimento, adoram se autodenominar de fortes; práticas e objetivas. Obviamente que estas características são importantes, e devem fazer parte de forma equilibrada da vida de qualquer um, porém podem, invariavelmente, se submeter a um gesto de amor. Geralmente, muitas pessoas escondem-se atrás de atitudes que expressem força e poder, pois têm medo de amar. Na aparente incapacidade de expressar amor, escondem um enorme medo de se mostrar, de deixar o fluxo divino se manifestar, de experimentar o lado mais leve e feliz da vida.
Tanto o amar demais, quanto evitar expressões de amor, seja da forma que estou expondo ou de qualquer outra, das suas inúmeras manifestações, são extremos que impedem o progresso evolutivo. Aliás, extremos são indesejáveis em muitas áreas humanas, pois levam ao retrocesso, seja à evolução pessoal, política, econômica ou social. Um dos grandes desafios continua sendo, o de encontrar o equilíbrio em todas essas áreas, porém, a pessoal deve ser priorizada, para que através do próprio exemplo, possamos expandir essa conquista a todos.
Mas, antes que eu seja tomado pelo desejo de falar da importância do autodesenvolvimento, algo freqüente em meus textos, ou a empolgação aumente, tanto, que eu me esqueça de complementar sobre a ação nociva do egoísmo, quando se trata de amor. Ocorre, que muitos dos que não conseguem expressar amor, sofrem de um egoísmo tão enraizado em si mesmos que só sabem exigir amor, mas se esquecem de manifestá-lo. Talvez, o sentimento que dizem sentir seja bem intencionado e bom, mas devido a grande necessidade de satisfazer seu egoísmo, todo o amor que lhe for oferecido será insuficiente e assim esse sentimento não evoluirá para o amor verdadeiro. Os sentimentos são extremamente pessoais, sentidos e vividos de forma única em cada pessoa; podem seguir determinados caminhos cientificamente mapeados, porém não é possível estabelecer grau de intensidade, ponto de partida ou chegada.
Há três semanas, o amor tem sido o tema predominante nos meus textos, justamente pela repercussão que este tema tem trazido e certamente serviria de tema para vários outros textos, uma vez que não se vive sem amor. Essa força que nos mantém vivos, dizem que também faz morrer, apesar de eu nunca ter acreditado nisso, mas posso compreender que a perda de uma forte ligação amorosa perturbe profundamente nosso estado emocional e físico. Contudo, não é o amor que faz morrer, mas sim a falta dele, pois se perdermos uma ligação de amor, mas tivermos aprendido a amar, teremos amor à própria vida e em pouco tempo estaremos distribuindo e recebendo amor. O Amor precisa ser experimentado, sentido e praticado, para que possamos expressá-lo naturalmente, sempre, embora seja algo impossível de definir, é extremante fácil de identificá-lo com precisão.
Para os que acreditam que expressar amor os fragiliza, peço que o experimentem somente algumas vezes, pois garanto que vão se sentir tão bem e muito mais fortes do que nunca. Será uma experiência das mais surpreendentes e a mais agradável de suas vidas, pois descobrirão a verdadeira razão de existir. Boa semana.
Jaìr A Paùlétto
Enviado por Jaìr A Paùlétto em 08/07/2009
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