Lutar sem Esmorecer.
Entre as características mais importantes para se conquistar um objetivo qualquer, está à persistência, a disciplina e a fé, porém, o trabalho ainda é o primeiro a ser valorizado.Lembro que quando meu avô aprovou o namoro da filha, com aquele que viria a ser meu tio, baseado no fato de que o então namorado era um sujeito trabalhador. Um argumento ainda válido, porém, sem a persistência e um objetivo claro, podemos trabalhar muito uma vida toda, e não chegar a lugar algum. Conheço uma meia dúzia desses trabalhadores, no entanto, pouco ou quase nada progridem, obviamente que a baixa remuneração é um problema, mas nestes casos a falta de rumo, disciplina e persistência são os principais fatores para que alcancem resultados melhores. Todos têm em comum essa inconstância, vivem mudando de emprego, os objetivos de vida e as metas a alcançar, isto é, vivem pulando de galho em galho sem saber para onde ir.
Pra se chegar a algum lugar é preciso saber qual direção tomar, avaliar qual o melhor caminho e persistir na caminhada até chegar lá. Por exemplo, quando queremos nos dirigir para outra cidade, avaliamos qual o melhor caminho, iniciamos a caminhada e em breve estaremos lá. Outra característica necessária para alcançar o destino é persistir no caminho, mesmo que lá adiante se apresentem algumas ameaças, pois se esmorecermos e pararmos na beira da estrada, nunca chegaremos a lugar algum.
Quando os problemas se apresentam, a primeira coisa que pensamos em fazer e desviá-los, mudar de curso ou mesmo ficar parado sem fazer nada, na esperança que desapareçam. Essa ilusão, no entanto, não é uma atitude adequada se quisermos progredir, em qualquer área da vida. É preciso manter-se no objetivo, seguir o rumo traçado, tentar superar os problemas e seguir, caso contrário será mero desperdício de tempo e energia. O medo de seguir e enfrentar as adversidades faz o desejo enfraquecer. Sem desejo não se anda, então a única solução que se vislumbra é voltar ou ainda seguir para o lado oposto aos atuais obstáculos.
Assim, a tentação de mudar o sentido da caminhada se agiganta, pois acreditamos encontrar em outro local a mesma satisfação que nos fez iniciar a caminhada sem passar por obstáculos. Mudando de direção, de objetivo, toda aquela caminhada inicial torna-se em vão e, na ilusão de encontrar um caminho livre de obstáculos reiniciarmos a caminhada para um novo rumo geralmente oposto ao primeiro, pois acreditamos que neste caminho não haverá tantas dificuldades. Neste caso, todo o trabalho, o esforço desprendido na ida e na volta não nos trouxe nenhum resultado concreto. Obviamente que ajustes de rota devem ser feitos sempre que necessário e que eventuais erros fazem parte do aprendizado, porém, para aprender com o erro é preciso saber identificá-lo. O importante é perceber que este tipo de atitude não traz resultado, só nos coloca em uma trilha circular, que de tempos em tempos, nos deixará sempre no ponto de origem.
É como iniciar um projeto de doze meses em janeiro e abandoná-lo em junho, para recomeçá-lo no ano novo, só por não gostar do mês de julho. E por falar em meses, hoje conclui que não gosto do mês de fevereiro. Talvez seja por que este mês marca a passagem do período de férias e o inicio das atividades rotineiras. Fevereiro é um mês de transição e indefinição, especialmente para o trabalho, uma vez que quem não sai em férias tem que trabalhar dobrado, para suprir a ausência do colega que está em férias. Ficar trabalhando no mês de fevereiro é frustrante, pois a dinâmica de trabalho é arrastada, bem como todos os contatos e parceiros parecem desaparecer tornando infrutífero todo e qualquer esforço. Para quem esta voltando das férias é ainda mais triste, já que a readaptação a rotina é uma verdadeira tortura. É incrível como alguns dias de férias nos acostumam a “vida mansa”.
Particularmente levo uma semana para retomar o ritmo de trabalho e mais duas, para me acalmar da irritação ao ver o resultado das fotos mal batidas e os excessos cometidos no cartão de crédito. Fevereiro, ainda tem o carnaval e os preparativos para o inicio das aulas, tradicionais etapas de transição entre a leveza do verão e realidade do outono. Talvez o melhor de fevereiro seja realmente o reduzido número de dias. Este mês, porém, meu comportamento será diferente, pelo menos quanto às fotos, os gastos no cartão e talvez a adaptação à rotina. Para os demais meses, seguirei meus planos, traçados no reveillon; serei persistente; identificarei meus erros, e utilizarei a inteligente para não repeti-los, portanto, não pretendo percorrer caminhos circulares.
Não me considero apto a aconselhar ninguém, no entanto, quero sugerir que observes suas metas, seu nível de persistência e principalmente se tens identificado e aprendido com seus erros. E não venhas me dizer que não cometes erros, e que não tens o que identificar. Mas, se é este seu pensamento, posso assegurar-lhe que é bem aqui que deves começar. Boa semana.
Jaìr A Paùlétto
Enviado por Jaìr A Paùlétto em 09/02/2009