Jair A. Pauletto
O Singular do Plural
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Textos
Como esta seu antivírus?
 
Liguei o micro, animado para escrever o texto desta semana e, ao clicar no programa adequado, apareceu na tela uma mensagem dizendo que o programa não poderia ser iniciado sem a reinstalação. Isso me aborreceu, ainda se fosse um programa pirata seria compreensível, mas o computador utiliza programas originais, além de potentes sistemas, antivírus, spyware, entre outros, que impedem a infiltração desses vilões, para danificar o sistema ou colher informações. Logo identifiquei que o problema não era grave, apenas estava sendo vítima da minha própria inabilidade, pois na tentativa de liberar espaço e melhorar o desempenho, havia excluído alguns links de atalho indevidamente, fato que acabou me inspirando para essa nossa conversa.
Os computadores necessitam de sistemas de segurança que impeçam a entrada de sistemas invasores, para que possam funcionar adequadamente. Ninguém que utilize computador, especialmente quando conectado a internet, em sã consciência deve deixar de utilizar um bom programa para evitar contaminações externas. Isso garante ou pelo menos dificulta a contaminação do sistema permitindo uma maior confiabilidade na integridade dos dados armazenados. Sem dúvida, uma estratégia inteligente resultante do emprego de alta tecnologia. No entanto, por mais potentes e tecnologicamente avançados sejam os computadores e seus programas, não podem ser comparados ao nosso cérebro.
 O cérebro comanda uma infinidade de sistemas que permitem a manutenção da vida, como o correto funcionamento dos órgãos, os sentidos, sensações, atividades mentais, tudo ao mesmo tempo. Podemos dizer que esse nosso computador vem com todos os programas necessários para que possamos viver bem. Ao ser inicializado, configura todo o sistema de sobrevivência, fazendo com que sejamos atendidos em nossas necessidades básicas, como a fome, sede, frio, calor. Basta acionar o programa choro que a mãe se encarrega de suprir as nossas necessidades. Assim, com o passar dos tempos, aprendemos a maximizar a utilidade do sistema e acionamos diversos programas, um ou até vários ao mesmo tempo, conforme a necessidade. O surpreendente é que raramente nos preocupamos, ou damos atenção ao nosso programa antivírus, que também já vem instalado, pronto para entrar em funcionamento automaticamente sempre que detectar alguma ameaça a nossa felicidade, objetivo principal do “sistema humano”.
 Diariamente, nossos canais de acesso externo, isto é, os sentidos, são bombardeados inúmeras vezes, especialmente através de exemplos, imagens, sons, textos ou qualquer outra forma, enfim, para cada sentido existem inúmeras maneiras de acessá-los. Infelizmente a maior parte desses estímulos vem carregada de vírus nocivos a nossa felicidade. Apresentam-se de forma tão generalizada que mesmo involuntariamente acabamos sendo expostos, aumentando as possibilidades de contaminar-nos.
 Essas constantes ameaças acabam invadindo nosso cérebro, tornando-se sérios obstáculos a nossa felicidade. Apesar da consciência originalmente ser programada para impedir que agentes intrusos danificam nossa programação para uma vida feliz. No entanto, as constantes exposições aos péssimos exemplos que somos submetidos diariamente, acabam sendo aceitos e assimiladas como normais afetando nossa mente e, uma vez instalados causam graves estragos.
Os maus exemplos externos, quando passam a ser aceitos como banais, conseguem facilmente burlar nosso sistema natural de proteção. No momento que passamos aceitar as más influências como sendo normais, elas conseguem se infiltrar em nossa mente e começam a interferir nas nossas ações sem nos darmos conta. Além de influenciar nas ações danificam nosso “sistema de pensamentos saudáveis”, contaminando-o com negatividade, inveja, ganância, orgulho e outros venenos.
Não entendo muito de computadores, mas o que sei é que, mesmo sendo máquinas, cuja interação é limitada, precisam de constante vigilância para que não sejam contaminados, invadidos por agentes externos, então, imaginem a vigilância que temos quer ter com o que deixamos entrar em nossa mente. O antídoto encontrado para manter as máquinas saudáveis é filtrar, através do antivírus, tudo o que pode alterar o seu bom funcionamento, o mesmo vale para quem quiser manter sua mente livre das influências destes vermes, programados para destruir o equilíbrio pessoal e a harmonia da humanidade.
Essa analogia do antivírus do computador com a nossa mente pode não ser a mais adequada, mas o importante é que possamos despertar para a necessidade de vigiar e selecionar criteriosamente o que deixamos penetrar em nossa mente, já que as nossas ações sempre são o reflexo de nossa programação interna. Vigiar e selecionar tudo o que possa alterar nossa programação, é um compromisso pessoal intransferível, é uma ação determinante para alcançarmos a felicidade. Não esqueça, é a programação interna e os pensamentos que determinam o modo de como vamos agir. É através de nossas ações que construímos nosso futuro. Boa semana.

Jaìr A Paùlétto
Enviado por Jaìr A Paùlétto em 20/09/2008
Alterado em 20/09/2008
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