Jair A. Pauletto
O Singular do Plural
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Prudência no Carnaval.

Nesta época de carnaval, sempre temos um significativo aumento nas estatísticas de acidentes de trânsito, mortes ou até mesmo pequenas discussões. As campanhas de prevenção crescem a cada ano, e por mais criativas, intensas ou agressivas que possam ser, são ignoradas de modo geral, pois a maioria das pessoas acredita que não são destinadas a elas e sim aos imprudentes. As intenções no carnaval geralmente são boas. Sejam para se divertir, viajar, rever amigos ou simplesmente para tirar alguns dias de folga para descansar.

Uma boa intenção, porém, pode levar a graves conseqüências, e é nesta hora que devemos lembrar da cautela. A prudência quer que respondamos não apenas por nossas intenções ou pelas conseqüências de nossos atos, mas especialmente que consideremos à incerteza, o risco, o acaso e o desconhecido. Ela recomenda que estejamos atentos, não apenas ao que acontece, mas ao que pode acontecer. Não se pode chegar sempre ao prazer pelo caminho mais curto, pois a vida impõe sua lei, seus obstáculos e para sermos razoáveis devemos, através da prudência, levar tudo isso em conta.

À imprudência no trânsito é responsável por muitos dramas que poderiam ser evitados. Um pai que ama seu filho, ou um filho que ama seu pai poderia evitá-lo. Ele, o pai, sabe que é responsável pelos atos de seu filho, mesmo não estando presente. Independente da idade do seu filho.

No carnaval os corpos se buscam mais. Aumentam as oportunidades de novos relacionamentos sexuais, mais livres e fugazes. Este é um cenário favorável para a disseminação das doenças sexualmente transmissíveis como a AIDS. Uma relação que em si, não seria condenável, sem prudência pode vir a sê-la, claro que não pelos prazeres que proporciona, mas pelos riscos que ocasiona, ou faz o outro correr. 

Certamente a prudência não impede o risco e nem evita o perigo, mas deve ser utilizada como um farol que ilumina o caminho, um meio para nos conduzir ao futuro. Diante disso, o que devemos neste carnaval é lembrar dessa virtude, que nos ensina inicialmente a não prejudicar a si e nem o próximo. Não agindo por impulsos. A prudência é uma virtude de paciência e antecipação, que tanto significa prever como prover no momento favorável sem deixar de viver.

Com prudência podemos desfrutar o máximo possível, sofrer o menos possível, levando em conta as realidades e incertezas da vida.

Até os românticos, excetuando o amor, é claro, concordam que devemos ser prudentes. Ser prudente não significa ser covarde, significa ser esperto, é ter uma boa chance de ficar vivo par curtir muitos outros carnavais.

Jaìr A Paùlétto
Enviado por Jaìr A Paùlétto em 31/01/2008
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